São Tomé, apóstolo

No dia 03 de julho a Igreja celebra a vida de São Tomé, um dos doze apóstolos de Jesus. Um pescador que foi chamado à missão juntamente com Pedro e outros discípulos à beira do mar, quando Jesus disse para que jogassem a rede ao lado direito do barco, gerando assim a pesca milagrosa. 

 

Tomé era também chamado de Dídimo, que significa “gêmeo” em grego, e é mencionado diversas vezes nos Evangelhos, principalmente no de João. Era um homem de honra, mas austero. Ainda assim era sincero e espontâneo, o que podemos ver nas suas aparições no Evangelho.

 

Em João 11, 16, enquanto os outros questionaram a decisão de Jesus de voltar para a Judéia por seu amigo Lázaro, considerando que o Senhor sofria perigo de vida lá, Tomé se mostra completamente determinado a dar a sua vida pelo Senhor e segui-lo com fé quando diz “Vamos também nós e morramos com ele!”. Essa coragem é um exemplo para nós, porque o apóstolo não questionou a vontade do Senhor, mas confiou nEle mesmo que isso custasse a sua vida.

 

Já em João 14, 5, Tomé diz “Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?”, e recebe a resposta de Jesus “Eu sou o caminho, a verdade e a vida;”. A ousadia de fazer uma pergunta ao Senhor mostra a intimidade que tinha com Ele, e nós também devemos o imitar, tornar nossas orações um diálogo com o Senhor. 

 

Tomé é caracterizado como o discípulo que, por não estar junto aos outros depois da ressurreição e não ter visto o Cristo ressuscitado, disse que apenas acreditaria nela se tocasse nos machucados de Jesus. Quando por fim encontrou Jesus, este lhe disse “Introduz aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos. Põe a tua mão no Meu lado. Não sejas incrédulo, mas homem de fé”. Tomé tocou nas Chagas de Jesus e caiu em si, disse então uma das mais profundas e sinceras profissões de fé que temos até hoje, “Meu Senhor e meu Deus!” (Jo, 20)

 

São Gregório Magno diz que “a incredulidade de Tomé não foi um acaso, mas prevista nos planos de Deus. O discípulo, que duvidando da Ressurreição do Mestre, pôs as mãos nas chagas do mesmo, curou com isso a ferida da nossa incredulidade”.

 

Segundo a tradição da Igreja, São Tomé viveu o fim de sua vida como um missionário na Síria e na Pérsia e depois se dirigiu à Índia Ocidental e Oriental onde morreu como um mártir, por amor à Jesus. 

 

São Tomé, rogai por nós!